"Nós abriremos o livro. Suas páginas estão em branco. Nós vamos pôr palavras nele. O livro chama-se Oportunidade e seu primeiro capítulo é o Dia de Ano Novo." ( Edith Lovejoy Pierce )

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Olimpíadas de Língua Portuguesa


Quem participou da Olimpíada de Língua Portuguesa deste ano, 2010, agora pode  ler os textos escolhidos pela comissão da competição. O tema foi "O lugar onde vivo" e os participantes escreveram poemas, crônicas, memórias literárias e artigos de opinião. Então, confira e se delicie com a leitura agradável de texto inéditos e divertidos. Acesse o link seguinte:



REFLEXÃO: O valor das férias para a formação cultural dos alunos



Dezembro. A última folha do calendário. Conforme nossos alunos enfileiram um X após o outro na sequência dos dias do mês 12, em sua cabeça parecem ecoar algumas palavras que prenunciam o que vem por aí: liberdade, exploração, descoberta. De fato, ao acenar com um cenário de diversão, as férias têm o potencial de alargar horizontes e enriquecer histórias de vida. Pelo menos para as famílias de maior poder aquisitivo, que se programam para viajar, conhecer novas culturas ou ir a museus, teatros e cinemas.

Nas periferias e em muitas áreas rurais do Brasil, porém, o verão está bem longe disso. Sem opções culturais ao alcance dos pés (ou do bolso), o tempo livre das crianças pobres acaba restrito a poucas opções: ajudar nas tarefas de casa, assistir televisão ou, em tempos de inclusão digital, passar o dia navegando na internet. Em resumo, nada que ofereça grandes oportunidades de crescimento social e intelectual. 

Há quem defenda que as férias - "certo número de dias consecutivos destinados ao descanso", como define o dicionário Aurélio - não têm nenhum impacto na aprendizagem. É um equívoco. O tempo dedicado ao ócio, como indicam muitos estudos, é parte integrante do que se entende, hoje em dia, por Educação. Como explica o pesquisador espanhol Javier Melgarejo Draper, um sistema educativo é composto de três subsistemas. Dois são bem conhecidos: o escolar e o familiar. O terceiro deles, o sociocultural, é mais difuso. Compõe-se dos recursos culturais que podem ter alguma finalidade na formação individual: bibliotecas, cinemas, museus, corais, centros esportivos, teatros, televisão, associações e grupos de amigos. 

Ao analisar por que a Finlândia apresenta os melhores resultados nas avaliações internacionais, Draper chegou à conclusão de que, além de apostar em soluções óbvias para melhorar o ensino (selecionar os melhores professores, valorizá-los profissionalmente e oferecer boa formação inicial e continuada), ajuda muito ter os três subsistemas funcionando como engrenagens conectadas entre si. O acesso a opções culturais, portanto, é parte fundamental de uma Educação de qualidade. 

Entretanto, em países marcados pela desigualdade, a cultura tende a ser considerada um artigo de luxo. No Brasil, uma pesquisa da consultoria J. Leiva Cultura & Esporte, realizada na capital paulista em parceria com o Datafolha e a Fundação Getúlio Vargas (FGV), indica que 40% dos entrevistados não costumam ir ao cinema, 60% não vão a teatros e 61% não frequentam museus. Nos Estados Unidos, onde a diferença entre ricos e pobres têm aumentado nas últimas décadas, começa a ganhar corpo uma tese polêmica: já que os alunos pobres não têm possibilidade de aprender muito durante as férias, que tal reduzi-las - ou mesmo eliminá-las?


DICADOBLOG: Que tal, você aluno, pensar um pouco, refletir e mudar o seu esquema de férias? Fazer nada, às vezes, é bom, mas se divertir aprendendo é melhor ainda. Leia um livro, vá ao cinema ou assista em casa um filme legal, socialize-se com o seu grupo de amigos, enfim não fique curtindo o ócio. Aproveite seu tempo livre para aprender alguma coisa. Afinal de contas, a aprendizagem é um ato contínuo.

MEC propõe fim da reprovação até o 3º ano do ensino fundamental



O Conselho Nacional de Educação aprovou as novas diretrizes curriculares para o ensino fundamental de 9 anos. Uma das determinações do Conselho é que todos os alunos devem ser plenamente alfabetizados até os 8 anos. O Conselho também “recomenda fortemente” que as escolas não reprovem os alunos até o 3° ano dessa etapa. O parecer foi homologado pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, e será publicado no Diário Oficial da União. “Nossa orientação é muito clara: todas as crianças têm direito de aprender, e as escolas devem assegurar todos os meios para que o letramento ocorra até os 8 anos de idade”, explica o conselheiro César Callegari, relator do processo. O parecer recomenda que os três primeiros anos do Ensino Fundamental sejam considerados um bloco único, um ciclo de aprendizagem.

575 dos 7.654 candidatos ao vestibular da Unimontes não apareceram para as provas





O índice de desistência no vestibular de ontem da Unimontes foi de 7,5%. Pelo menos 575 dos 7.654 candidatos não fizeram as provas aplicadas em Montes Claros, Belo Horizonte e outras 12 cidades de Minas. Os que compareceram concorrem a 1.071 vagas em 46 cursos. As provas foram aplicadas em Montes Claros, Belo Horizonte, Bocaiúva, Brasília de Minas, Espinosa, Janaúba, Januária, Pirapora, Salinas, São Francisco, Paracatu, Unaí e Almenara. O resultado final do vestibular será publicado até o dia 16 de janeiro.